FATOS POLICIAIS

sábado, 8 de junho de 2024

MARIETA LIMA DE MEDEIROS

 


MARIETA LIMA DE MEDEIROS,  PRIMEIRA OCUPANTE DA CADEIRA DE Nº 13 DA ACADEMIA FEMININA DE LETRAS E ARTES MOSSOROENSE, QUE TEM COMO PATRONA – IRMÃ INEZ

Nascida em  Mossoró-RN, no dia 12 de janeiro de 1912 e faleceu  em Mossoró,  no dia 5 de janeiro de 2013, com 101 anos de idade, sendo filha de Maria Lima Rocha e João Lima Rocha, Marieta Lima passou a sua infância na fazenda do Carmo. Onde foi criada na histórica Casa Grande, a primeira casa de Mossoró construída pelos Carmelitas. Frades que na época catequizaram os índios Monxorós.

Seus primeiros traços artísticos se manifestaram em carvão. Posteriormente, ao receber aulas no Colégio das Freiras na década de 1920, aos 11 anos, teve aulas de piano. Por ter as mãos pequenas, desistiu de tocar. As freiras perceberam habilidades artísticas visuais e ela começou a desenhar com lápis de cera com a Irmã Inês. Era chamada apenas no colégio de MARIA. Sua primeira obra foi aos 12 anos, em 1924, com o desenho de A Madona. Assinou como Maria Lima, como as freiras determinaram. No final da década de 1930, começou a pintar óleo sobre tela e restaurar imagens. Suas pinturas eram sacras e tendenciadas ao clássico europeu. Seus principais temas eram a religiosidade e a natureza morta.

Casou-se em 1931, teve quatro filhos. Dois dedicaram-se. Na década de 1940 restaurava o teto das igrejas e logo após a segundo guerra mundial foi a primeira mulher na cidade a usar macacão para conseguir exercer o ofício nas artes. Por ser inovadora e solidária com o próximo, pertenceu às Damas de Caridade. Distribuía alimentação e roupas para os mais carentes. A experiência de estar mais próxima das comunidades e realizar muitas viagens pelo interior do Rio Grande do Norte começou a focar sua arte com temas regionais e de sua terra. Como a caatinga, o vaqueiro, o amanhecer e o pôr-do-sol, os carnaubais e as mais variadas manifestações folclóricas da alma nordestina começaram a ser contadas em suas telas. Já na década de 1950, começou a lecionar na Escola Normal ensinando a cadeira de artes plásticas. Para acrescentar a renda confeitava bolos, cortava cabelos, decorava festas para a alta sociedade. Entre 60 e 70, participou ativamente da vida política da cidade. No tempo das campanhas de Aluízio Alves foi uma das senadoras. Já em suas artes, foram espalhadas por varias regiões do Brasil, como São Paulo, Rio, Salvador, Pernambuco, entre outros Estados. Por ser referência na cidade e por pintar a regionalidade, suas obras foram vendidas para Holanda, Estados Unidos, Itália e Portugal. Em seu ateliê que funcionava em sua residência, ensinou para Boulier e Varela. Entre as suas obras estão: A Sagrada Família, A Menina na Janela, O Vaqueiro, As Fofoqueiras, A Sarça Ardente, O Menino da Esperança Esfarrapada, A Grande Queimada,

O Preto Velho, Os Carnaubais, As Caeiras, Lampião e Maria Bonita. Entre 1980 e 1990, inovou ao usar cores fluorescentes e tintas em relevo em suas telas. Mesmo tendo perdido uma de suas visões, continuou pintando. 

No decorrer de 2000 recebeu homenagens como uma sala de artes com seu nome na Estação de Artes e Biblioteca Pública de Mossoró. No ano de 2008 foi considerada imortal pela academia de letras e artes plásticas de sua cidade.

A maioria das obras de Marieta Lima não se sabe ao certo quem ainda as possui. Sabe-se que parte delas encontra-se nos principais Órgãos públicos do Estado do Rio Grande do Norte, famílias tradicionais e com seus familiares.

No decorrer de 2000, recebeu homenagem como uma salas de artes com seu nome na Estação das Artes e na Biblioteca Pública Municipal Ney Pontes, em Mossoró

Em 2010 foi homenageada com o TRIBUTO ANA FLORIANO, da Prefeitura Municipal de Mossor´p

 

FONTE; JORNAL DE FATO, EDIÇÃO DO DIA 8 DE JANEIRO DE 2012 (DOM)

MARIETA LIMA DE MEDEIROS

 



05/01/2013 - A geografia humana de Mossoró e a cultura da cidade perderam, neste sábado, a artista plástica Marieta Lima de Medeiros. Centenária, Marieta, nasceu na cidade de Mossoró-RN, no dia  12 de janeiro de 1912, sendo filha do casal  JOÃO LIMA ROCHA e MARIA LIMA ROCHA,  foi precursora da arte em pintura em nossa cidade. Sua primeira pintura, “A Madonna” foi assinada no ano de 1924, quando tinha apenas 12 anos de vida. A religiosidade e a natureza morta eram os temas preferidos de Marieta. Trabalhou na restauração de imagens sacras e de tetos de igrejas. Mulher pioneira, foi a primeira mossoroenses a usar um macacão para exercício de sua profissão. Isso nos anos “40”, após a Segunda Guerra Mundial. Em fevereiro de 2012, ano do centenário de Marieta, tive a honra de homenageá-la, ainda em vida, com a instituição do “Tributo Marieta Lima”, que passou a ser concedido anualmente pela Câmara Municipal de Mossoró para mulheres mossoroenses que, como ela, se destacam nas artes e na cultura. O exemplo de fibra e coragem de Marieta me inspira no ideal de uma Mossoró cada vez mais forte, justa e plural. Deixo os mais sinceros votos de pesar para a família enlutada. Que Deus os abençoe e lhes dê conforto nesse momento de dor.

MARIETA LIMA DE MEDEIROS

 


MARIETA LIMA DE MEDEIROS, registro, encontra-se nascida em Mossoró-RN. No entanto, existem algumas controvérsias sobre sua naturalidade. Familiares narram que, Marieta pode ter nascido em Jaguaribe no Ceará, em uma localidade chamada de Rancho do Povo. Onde foi levada por seus pais ainda recém nascida para Mossoró, onde foi registrada.

MARIETA LIMA DE MEDEIROS

  MARIETA LIMA DE MEDEIROS,   PRIMEIRA OCUPANTE DA CADEIRA DE Nº 13 DA ACADEMIA FEMININA DE LETRAS E ARTES MOSSOROENSE, QUE TEM COMO PATRONA...